Quem nunca se deparou com uma dessas revistinhas sacanas quando era adolescente? Sempre tem aquele seu colega que carrega uma dessas como um instrumento de poder e autoridade.
Lembro de uma ocasião em que uma colega, professora, recolheu uma dessas. Mas era daquelas bem cabeludas, de fazer corar até a Mae West. Quando a professora largou o objeto proibido em cima da mesa da sala dos professores, foi como se trouxesse os manuscritos originias da Bíblia. Gerou um tumulto geral em volta da resvita, um passa de mão em mão... olhos curiosos, exclamações de Ah! Oh! Teve até gente dizendo que ia levar pra casa, pra ver se o marido aprendia a fazer umas coisinhas diferentes...
Mas uma lembrança inesquecível foi de quando, naquele mesmo dia, mais tarde, fui até a sala da vice direção pedir alguma coisa... a porta estava entreaberta, fui chegando sem bater. E não é que a vice estava lá, sentadinha, concentrada na revistinha? O melhor de tudo foi a cara que ela fez quando me viu. Ficou toda sem jeito e já foi dando explicação: "Eu estava aqui olhando, os absurdos que esses alunos trazem pra aula, etc"...
(Claro, senhorita, eu entendo, isso é mera curiosidade antropológica)
(...)
São esses absurdos que fazem essa profissão valer a pena!
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