terça-feira, 17 de junho de 2008

Tô carregada!


Aos meus amigos que chegarem perto de mim por esses dias, aviso: tô carregada!
Tomem banho de sal grosso ou visitem uma terreira daquelas bem tarimbadas pra tomar uns passes...
A quem ouvir minhas mazelas, recomendo exorcismo!
Pois hoje na minha aula de técnica vocal meu professor me apresentou as varetas de radiestesia (duas varetas paralelas apontadas na mesma direção, presas por uma haste perpendicular) que ele havia enjambrado, e me explicou: se as varetas ficam com as pontas viradas pra fora, a energia está boa, mas se as pontas viram pra dentro e se cruzam... é energia ruim.
Pedi que virasse as varetas pra mim... e não é que as duas se juntaram, imediatamente, e se cruzaram? Eita energia negativa!! Isso é que dá ficar entrando em pandarecos por problemas inexistentes (são os piores: o que não existe não se resolve).
Vou no centro espírita na quinta, ver se dou um jeito na situação. Até lá, sinto muito, mas estou de quarentena: energia ruim é altamente transmissível.
Quem puder, inclua meu nome em alguma corrente de pensamento positivo, tá?

domingo, 15 de junho de 2008

Epitáfio

Se fossemos escolher os pensamentos que seriam inscritos em nossa lápide, o que colocaríamos?
Li a respeito de um psiquiatra que fazia essa pergunta aos seus pacientes. Mórbido? Ele obtinha excelentes resultados no processo de cura.
Afinal, se pudéssemos definir a nós mesmos dentro de umas poucas linhas pelas quais gostaríamos que fossemos lembrados para a posteridade, o que diríamos? Reproduziríamos aqueles pensamentos auto-punitivos inúteis sobre os quais ficamos martelando por várias horas, a respeito do que disse o chefe, o namorado, o EX namorado (pior ainda), a mãe, o pai, os professores, os filhos? O que eu colocaria no meu epitáfio? Algo do estilo: Giórgia, que não conseguia manter organizado o seu roupeiro. Giórgia que perdeu 3 carteiras de identidade. Giórgia, que entrava em depressão por pensamentos completamente inúteis. Acho que não seriam bem essas observações que eu colocaria, embora eu tenha que reconhecer que já perdi horas inúteis me revirando em torno de tais picuinhas. Mas porque será que o que menos importa a nosso respeito são justamente aqueles julgamentos que mantemos por mais tempo em nossa consciência?
Há aquele maldito hábito que desenvolvemos de somente nos enxergarmos a partir dos olhos de outros. Ou pela maneira que nós acreditamos que outros nos enxergam. Criamos nós mesmos os monstros que distorcem a nossa auto-imagem, e os atribuímos à criação de outrém.
Porém, de uma coisa tenho certeza: passaremos muito mais tempo mortos do que vivos. Então porque se punir e criticar tanto por coisas tão pequenas? E depois que morrermos, a imortalidade consistirá em deixar algo que persista para os que virão: ensinamentos, exemplos, registros... e de que importará se o armário era organizado? Se a casa estava limpa ou não? Deveríamos formar nossa auto-imagem a partir de coisas que persistem, e não de futilidades.
Afinal, o que vou escrever na minha lápide? Talvez... "eu amava livros", ou "eu conquistei amizades sinceras"... "Giórgia, que compreendeu o valor de uma boa conversa, profunda, íntima, sensível, e que aprendeu a ouvir".... "procurei o sentido da vida, não achei, mas ri um bocado e me diverti diante desse absurdo que é estar vivo... valeu a pena não ter encontrado o dito sentido!"

Reencarnações

Nossa!
Acho que encontrei o protótipo do esoHistérico.
Um maluco que se diz a reencarnação de Leonardo da Vinci, Aleister Crowley e Maysa Matarazzo.
Vi seus quadros: canalizações de Cèzanne, Da Vinci, Gauguin, Tarsila do Amaral e Van Gogh. Flores, anjinhos, fadinhas... um amor! Muuuuito próximo ao estilo desses pintores!
E tem mais uma: o cachorro guaipeca dele, um vira-lata preto, é a reencarnação de Bucéfalo, o cavalo de Alexandre o Grande!
Vai entender...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Quem julga é criminoso!

Incrível a habilidade que certas pessoas tem de se safar de seus próprios defeitos a partir do julgamento que fazem de outras.
Maconheiros, bandidos, viciados... o que seria do nosso belo quadro social sem eles? Afinal de contas, precisamos de um bode expiatório... alguém mau de verdade, perto de quem nos sentimos bons e dignos.
Viveríamos num mundo sem crimes hediondos? Isso causaria o desespero de muita gente... sem crimes bárbaros com os quais se comparar, teriam que encarar com maturidade seus próprios defeitos. Porém, precisamos cuspir e vilipendiar pais que atiram seus filhos da janela... assim muitos podem esquecer a responsabilidade que tem diante de seus próprios dramas e conflitos familiares... "afinal de contas, tenho defeitos, mas ISSO eu não faço." A lógica da hipocrisia. Me sinto o melhor de todos os seres humanos quando estou diante de alguém que cometeu um crime monstruoso. Glória à imprensa, que me dá a grande oportunidade de ter alguém a quem culpar!
Assumir os próprios erros sem tentar se safar listando erros piores é uma dádiva de caráter que poucos possuem.
Rancor... ódio... hipocrisia... preconceito... moral dupla e falsa... falhas de caráter piores que qualquer vício! Que qualquer conduta "imoral"... mas tão perdoáveis aos olhos de nossos cidadãos bem adequados à nossa justíssima sociedade!